sábado

Uma nova-nova economia?

Uma nova-nova economia?
Post publicado no Blog da HSM que reflete sobre as grandes mudanças ocorridas em nossa sociedade.

Dossiê interessante na Wired deste mês falando sobre uma suposta Nova Nova Economia. A pergunta que fica no ar é “Será essa “Nova Nova Economia que a revista coloca, a Economia do Compartilhamento?” Grandes mudanças estão acontecendo.

Até pouco tempo atrás, uma ação em massa só poderia ser coordenada por grandes corporações ou por governos centralizados. Hoje os meios de comunicação se fragmentaram e não são totalmente controlados por poucos. Está surgindo um socialismo coordenado pelo povo. A formação de grupos se tornou simples e fácil. Começa a existir a consciência de que unidas, as pessoas podem sim fazer a diferença e em muitos casos desmascarar ações de marketing muito bem planejadas e executadas. Para algumas indústrias isso significa uma ameaça. Se uma criança de 14 anos pode colocar em risco o seu negócio, o que está errado? Devemos negar a existência dessas novas formas de interação e conexão ou tentar entendê-las?

Anos atrás, o todo poderoso Bill Gates chamou o movimento “Open Source” de Comunistas Modernos. Se esse movimento não tivesse ocorrido, hoje não teríamos o Linux, Firefox, Wikipedia, etc. Agora sabemos quem estava errado e assistimos a Microsoft lutar para entrar na era do software como serviço. Para evoluirmos precisamos rever nossos paradigmas e fazer mais perguntas.

Num dos artigos escritos por Chris Anderson, é citado o professor do MIT, Tom Malone. Malone foi um dos pioneiros no estudo de mudanças no mercado de trabalho e aposta, a algum tempo, na descentralização do poder corporativo. Ele estará no Brasil em um evento de dois dias realizado pela HSM , onde trabalhará o tema: Futuro do Trabalho. Quem me conhece sabe que este é o evento que mais espero no ano. Com certeza teremos boas discussões sobre o tema.

Será agora o momento das “empresas pequenas”, mais ágeis, menos endividadas, mais colaborativas, mais abertas? Nunca na história tivemos tantos serviços prontos para ajudar os empreendedores. Quer um exemplo? Com a chegada da Computação nas Nuvens esses empreendedores não precisam nem mais de uma área de TI. Quer entender na prática o que isso significa? Ao mesmo tempo que escrevo esse post, sou informado que meu Inbox Corporativo está cheio. No meu e-mail pessoal gratuito do Google, esse “problema” nunca acontece. Outro dia um amigo dono de uma start-up média me disse: cancelei meu e-mail corporativo, agora só uso o Gmail. O que falar das caras atualizações do Excel e Word? Já conhecem o Google Docs? Com a plataforma de redes sociais Ning, qualquer um pode ter uma intranet em sua empresa. E o que falar do Twitter como plataforma de marketing direto e prestação de serviço ao cliente? Vejam o exemplo tupiniquim do Camiseteria.com. Poderia citar muitos outros serviços e facilidades. Estamos definitivamente vivendo um “tesarac”, como coloca o Walter Longo, onde mudanças sociais e culturais significativas ocorrem e a sociedade se torna cada vez mais confusa e caótica, até conseguir se reorganizar.

A crise colocou muita gente boa na rua e estamos vendo novos trabalhadores saindo das escolas e penando para conseguir um emprego. Muitos voltarão a procurar a “segurança” de uma corporação, mas alguns vão se unir, compartilhar e criar algo novo. Precisamos desse espírito no Brasil, me parece que falta a atitude e vontade de criar alguma coisa do zero. Você concorda, discorda ou tem algum exemplo dessa “Nova Nova Economia”?


Por Jorge Carvalho, coordenador do portal HSM Online. Texto publicado originalmente no Blog da HSM.HSM Online12/06/2009

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